Acredito que a tomada de decisão naturalística, é essencial para o desenvolvimento de líderes que atuam no setor corporativo, dado seu contexto de pressão constante. Por meio da avaliação de situações complexas e reais, há um aprendizado e uma calibragem que vão auxiliar em processos decisórios futuros e lapidar sua expertise. Outro ponto relevante sobre essa metodologia, está relacionado ao gerenciamento de riscos e mitigação de decisões arriscadas, por meio da criação de estratégias baseadas no conhecimento tácito. A experiência prévia do tomador de decisão, contribuirá para o fortalecimento de sua intuição e reconhecimento de padrões, de maneira mais eficiente que em estudos de casos teóricos. Nesse modelo, líderes incentivam novos líderes por meio do exemplo.
Já no contexto político de uma organização, o processo decisório envolve discussões prévias. No entanto, acredito que o modelo político quando aplicado no setor corporativo, pode sufocar potenciais futuros tomadores de decisão, devido à presença de atores com maior grau de poder hierárquico, ou, de grupos dominantes que buscam atender seus próprios interesses. Tal cenário, sobrecarrega líderes e gestores diretos, pois, certamente ocasiona uma redução na autonomia de grupos da base de produção. Entretanto, quando há o compartilhamento de informações que permeiam pelas camadas hierárquicas, sem a disputa interna de poder, o sistema político pode sim ser bem empregado, já que, priorizará a diversidade de visões que contribuirão para a tomada de decisão mais assertiva.