Sim, ambas as escolas oferecem contribuições significativas para compreender a tomada de decisão nas organizações. A visão descritiva, à qual elas pertencem, busca construir um conhecimento aprofundado sobre como indivíduos e grupos realmente tomam decisões, em oposição à visão prescritiva que foca mais em um contexto de “boas práticas”.
A NDM contribui ao investigar como decisões são tomadas em contextos reais, complexos, com alta pressão de tempo e risco, onde os decisores muitas vezes são especialistas naquele determinado assunto. Essa abordagem questiona a ideia de que a tomada de decisão envolve a comparação de múltiplas alternativas, demonstrando que especialistas frequentemente usam sua experiência para reconhecer opções eficazes e avaliá-las por meio de simulações mentais, algo que, atualmente, pode ser explorado e potencializado com o uso de Inteligência Artificial em determinados processos decisórios.
Já a escola política destaca que a decisão é um processo socialmente construído, influenciado por negociações, formação de coalizões e disputas de interesse. Ela enfatiza que o poder, que pode vir de cargos respeitados, conhecimento especializado ou acesso privilegiado a informações, afeta a tomada de decisão. Ao reconhecer a organização como um sistema político, essa perspectiva ajuda a entender por que certas decisões são implementadas e outras não.