Ao pensar em governança, depois da leitura da apostila, a primeira imagem que vem à mente é um conjunto de regras, políticas internas e estruturas formais que orientam como a empresa deve agir. Porém, na prática, percebi que os valores de uma organização não estão apenas descritos em um documento. Eles se revelam no dia a dia, em cada reunião, decisão e tarefa executada. É o comportamento individual do empreendedor e dos gerentes que cria exemplos, define limites e dá forma à cultura da empresa.
Valores como transparência, respeito e responsabilidade precisam ser vividos na rotina. Isso aparece no modo como recebemos feedbacks da diretoria, na clareza ao apresentar resultados, no cuidado ao enviar relatórios de prestação de contas ou na justificativa por trás de uma aprovação de orçamento. Quando essas atitudes são consistentes, as pessoas passam a entender melhor o porquê dos processos e o valor que eles têm para a organização. Além disso, cada colaborador reconhece suas responsabilidades ao demonstrar seus resultados, o que fortalece a governança de maneira natural.
Por outro lado, quando a liderança contradiz os princípios que diz defender, mesmo que as políticas não estejam formalizadas em um documento, isso rapidamente compromete a credibilidade do negócio. Um dirigente que omite informações ou toma decisões baseadas em seus interesses pessoais transmite um “sinal” de contradição. Esse tipo de comportamento incentiva atitudes semelhantes por demais gerentes e lideres, e enfraquece a estrutura formal existente.
Na minha visão, a governança começa no exemplo diário de quem lidera.