A governança começa no comportamento do indivíduo. Essa ideia é importante para entendermos que os valores dos dirigentes podem, e vão, influenciar no sucesso ou no fracasso da governança organizacional, fator esse que traz complexidade à governança.
Logo me vem a mente o nosso contexto brasileiro, o desafio é ainda mais evidente diante do jeitinho brasileiro, uma forma cultural de agir com flexibilidade e criatividade, mas que, quando mal direcionada, pode levar a quebra de regras, a falta de transparência e à perda de credibilidade institucional, por exemplo. Os valores pessoais dos líderes são determinantes, líderes éticos e coerentes inspiram confiança, fortalecem a cultura de integridade e tornam os princípios de governança partes efetivas da organização. Já aqueles líderes que utilizam o jeitinho para contornar normas ou favorecer interesses particulares enfraquecem a credibilidade e o exemplo ético, transformando a governança em mera formalidade.
A verdadeira governança nasce do comportamento ético e exemplar dos dirigentes, capazes de inovar de modo responsável e estimular criatividade com propósito, sem abrir mão da integridade. Com isso, vemos que o caráter do líder pode definir se a cultura organizacional será guiada pela ética ou pela conveniência.