Quem nunca ao longo da vida ouviu dos pais ou de algum outro parente " Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço"? Essa frase é estopim para que a pessoa consiga um aval para fazer o que ela sabe que não é correto, mas é o que ela deseja no momento. É tão consciente para ela que é errado que enquanto ela está fazendo, ela mesma não recomenda.
Acredito que esse comportamento é muito difundido em algumas organizações por gestores que apesar de conhecer o código de conduta, de participar de treinamentos e se colocarem em papeis de exemplo, em alguns momentos ultrapassam alguns limites éticos e acabam fazendo o que não é recomendado. Isso é comum de acontecer em locais onde os funcionários abaixo desse gestor, não tem abertura e segurança para dar feedbacks para o mesmo, desta forma, ele, sem que seja repreendido, continua a fazer a ação, porém, em seu discurso, que está alinhado a politica da empresa, mas não aos seus comportamentos.
Por isso, acredito que seja ideal que para além de um código de conduta, as organizações tenham mecanismos de controle das ações dos gestores e trabalhem para que o ambiente organizacional seja seguro para que todos possam dar e receber orientações, desta forma, poucos limites tendem a ser ultrapassados se apontados em algum momento.