Comunicação e Confiança entre Conselho e Diretoria Executiva

Comunicação e Confiança entre Conselho e Diretoria Executiva

de Jeferson de Paula -
Número de respuestas: 1

A afirmação de que a excelência em governança depende não apenas de conselhos ativos, mas também de relações éticas e fluxos de diálogo, reforça a ideia de que a governança organizacional se sustenta tanto nas estruturas formais quanto na qualidade das interações humanas. Nesse sentido, comunicação e confiança são elementos centrais para que conselho e diretoria executiva atuem de forma integrada na condução estratégica da organização.

Práticas de comunicação estruturada, como reuniões periódicas, agendas claras e compartilhamento prévio de informações relevantes, contribuem para que os conselheiros tenham visão completa das decisões e possam exercer sua função de supervisão sem assimetria informacional. A transparência no reporte de resultados, riscos e dificuldades operacionais fortalece a credibilidade e evita a formação de zonas opacas de gestão.

Da mesma forma, a confiança é construída quando diretoria e conselho adotam condutas éticas, demonstram coerência entre discurso e prática e respeitam seus papéis institucionais. A diretoria deve sentir que pode apresentar problemas reais sem receio de punições indevidas, enquanto o conselho deve atuar de maneira independente e colaborativa, oferecendo orientação estratégica sem interferir na gestão cotidiana. Esse equilíbrio promove um ambiente de diálogo genuíno, no qual divergências são tratadas como parte natural do processo decisório.

Assim, práticas de comunicação transparentes e relações baseadas em confiança mútua tornam o processo de governança mais efetivo, fortalecendo tanto o desempenho estratégico quanto a legitimidade institucional.


En respuesta a Jeferson de Paula

Re: Comunicação e Confiança entre Conselho e Diretoria Executiva

de Rodrigo Soares Ferreira -
Muito boa sua colocação sobre a conexão da conduta ética e a coerência entre o discurso e a prática, Jeferson. Realmente o modelo de governança só se sustenta quando os líderes dão o exemplo e seguem padrões éticos que geram confiança mútua. A falta de confiança afeta não só a credibilidade interna da alta gestão, mas também a própria instituição frente ao mercado.

Quando a comunicação falha, são gerados pontos de fragilidade na governança, tornando-a inerte aos olhos do corpo de colaboradores. É a comunicação aberta e franca que garante a qualidade das relações que sustentam o diálogo entre executivos, conselheiros, sócios e stakeholders.

Já a ética funciona como um escudo, que impede agendas ocultas e ações em benefício próprio. É através dela que os ambientes empresariais se tornam cada vez mais sustentáveis e com uma governança sólida.