A afirmação de que a excelência em governança depende não apenas de conselhos ativos, mas também de relações éticas e fluxos de diálogo, reforça a ideia de que a governança organizacional se sustenta tanto nas estruturas formais quanto na qualidade das interações humanas. Nesse sentido, comunicação e confiança são elementos centrais para que conselho e diretoria executiva atuem de forma integrada na condução estratégica da organização.
Práticas de comunicação estruturada, como reuniões periódicas, agendas claras e compartilhamento prévio de informações relevantes, contribuem para que os conselheiros tenham visão completa das decisões e possam exercer sua função de supervisão sem assimetria informacional. A transparência no reporte de resultados, riscos e dificuldades operacionais fortalece a credibilidade e evita a formação de zonas opacas de gestão.
Da mesma forma, a confiança é construída quando diretoria e conselho adotam condutas éticas, demonstram coerência entre discurso e prática e respeitam seus papéis institucionais. A diretoria deve sentir que pode apresentar problemas reais sem receio de punições indevidas, enquanto o conselho deve atuar de maneira independente e colaborativa, oferecendo orientação estratégica sem interferir na gestão cotidiana. Esse equilíbrio promove um ambiente de diálogo genuíno, no qual divergências são tratadas como parte natural do processo decisório.
Assim, práticas de comunicação transparentes e relações baseadas em confiança mútua tornam o processo de governança mais efetivo, fortalecendo tanto o desempenho estratégico quanto a legitimidade institucional.