A Análise de Conteúdo, de forma geral, significa descrever o conteúdo emitido no processo de comunicação por meio de procedimentos sistemáticos que proporcionam o levantamento de indicadores (quantitativos ou não), permitindo a realização de inferência e de conhecimentos e a sistematização necessária à produção de respostas frente à pergunta de pesquisa. Portanto, é um método analítico de organização e análise dos dados que gera a sistematização progressiva do conhecimento e o desvelar das relações que se estabelecem sobre um determinado fenômeno, permitindo, de forma sistemática, a descrição das mensagens, bem como as inferências sobre os dados coletados. Essa ideia que molda o conceito de AC é reforçada por Minayo (2007) quando afirma que “a pesquisa qualitativa proporciona um modelo de entendimento profundo de ligações entre elementos, direcionado à compreensão da manifestação do objeto de estudo”.
Contudo, na realização da análise de conteúdo é necessário ter muito bem definida questão de pesquisa e a vertente teórica a ser seguida. Segundo Oliveira (2008) “a análise de conteúdo possui diferentes técnicas que podem ser abordadas pelos pesquisadores. Isto dependerá da vertente teórica seguida pelo sujeito que a aplicará”. Dessa forma, a vertente teórica e o processo de formulação de perguntas definirão as técnicas a serem seguidas que irão gerar resultados diferenciados quando da aplicação da AC.
Assim sendo, considerando as colocações sobre a Análise de Conteúdo e sua dependência da questão de pesquisa e vertente teórica, um questionamento relevante poderia ser feito: "De que maneira a escolha da vertente teórica e a formulação precisa da pergunta de pesquisa influenciam os resultados e a profundidade da compreensão de um objeto por meio de uma análise de conteúdo?"