Para Bardin (2007) a análise de conteúdo se constitui de várias técnicas onde se busca descrever o conteúdo emitido no processo de comunicação, seja ele por meio de falas ou de textos. Desta forma, a técnica é composta por procedimentos sistemáticos que proporcionam o levantamento de indicadores e diferentes formas de replicar a análise de conteúdo, dependendo do objetivo da pesquisa e das características do material analisado.
Alguns exemplos de abordagens que podem ser utilizadas são:
Replicação direta: Consiste em aplicar exatamente o mesmo procedimento de análise de conteúdo utilizado em um estudo anterior. Isso permite comparar os resultados e verificar se os mesmos padrões e categorias emergem a partir de diferentes conjuntos de dados.
Replicação parcial: Nesse caso, o pesquisador utiliza parte do procedimento de análise de conteúdo de um estudo anterior, adaptando-o de acordo com as necessidades da nova pesquisa. Isso pode envolver a utilização de algumas categorias ou a inclusão de novas categorias específicas para o novo estudo.
Replicação conceitual: Nessa abordagem, o pesquisador utiliza os mesmos conceitos e princípios teóricos subjacentes à análise de conteúdo de um estudo anterior, mas adapta os procedimentos de acordo com as características do novo conjunto de dados. Isso permite uma comparação conceitual entre os estudos, mesmo que os procedimentos de análise sejam diferentes.
Replicação teórica: Nesse caso, o pesquisador utiliza os mesmos conceitos teóricos e princípios metodológicos de um estudo anterior, mas aplica-os a um novo conjunto de dados. Isso permite testar a validade e a generalizabilidade dos resultados obtidos anteriormente.
Segundo Cavalcanti, Calixto e Pinheiro (2014), é importante ressaltar que a replicação da análise de conteúdo não implica necessariamente em obter os mesmos resultados, mas sim em verificar a consistência e a robustez dos achados em diferentes contextos e conjuntos de dados.