Na minha leitura e baseado no artigo sugerido a questão sobre discussão de qual abordagem escolher não se trata apenas de um atributo, como bem explorado pela autora do artigo. As abordagens se complementam mas a natureza da pesquisa não se modifica, são naturezas com ontologias diferentes que em determinadas áreas exploram o mesmo objeto.
Complementariedade não pode ser abandono da natureza da pesquisa
Número de respostas: 3
Em resposta à MARINEI ABREU MATTOS GUARISE
Re: Complementariedade não pode ser abandono da natureza da pesquisa
por WILLIAM RODRIGO JOANICO -
Quanto à sua observação Marinei, de fato, a complementaridade entre as abordagens qualitativa e quantitativa não significa que a natureza da pesquisa seja abandonada. Cada abordagem possui sua própria ontologia e metodologia, e a escolha entre elas é baseada nas questões de pesquisa e nos objetivos do estudo. A complementaridade entre essas abordagens aparece como forma de obter uma análise mais abrangente e completa do objeto de estudo, mas não significa que a natureza da pesquisa seja alterada. Em vez disso, a complementaridade é considerada uma forma de aprimorar a análise e obter uma compreensão mais aprofundada do assunto.
Em resposta à MARINEI ABREU MATTOS GUARISE
Re: Complementariedade não pode ser abandono da natureza da pesquisa
por LEILIANE RABELO -
Exatamente! Apoiando-se na Filosofia e fundamentado na doutrina aristotélica e nas leis da dialética, o estudo não considera a noção de qualidade e quantidade de forma dissociáveis, uma vez que atribui a dicotomia entre determinados conceitos como fazendo parte de um projeto “epistemológico da modernidade ocidental”, ou seja, o equilíbrio é alcançado sem a criação de dualismos que geram falsos problemas. As tensões são a busca pelo equilíbrio e a sobreposição de uma concepção hegemônica seria a desarticulação desse equilíbrio.
Essa associação das coisas acontece porque todo fenômeno possui características quantificáveis que, somadas as suas características qualificáveis, geram novas características a partir da própria conjugação desses elementos.
Essa associação das coisas acontece porque todo fenômeno possui características quantificáveis que, somadas as suas características qualificáveis, geram novas características a partir da própria conjugação desses elementos.
Em resposta à MARINEI ABREU MATTOS GUARISE
Re: Complementariedade não pode ser abandono da natureza da pesquisa
por JUNIOR FERRI -
Nessa linha, entendo que a complementariadade entre as duas naturezas não se trata de uma obrigação de todo problema de pesquisa. Mas que uma natureza não exclui a possibilidade de uso da outra, que não são antagonicas e ao iniciar por uma, sempre devemos estar abertos à possibilidade de expandir a pesquisa com a adição da outra natureza ao projeto.